quinta-feira, setembro 27, 2007

 

Vazos e Mundos

Estou aqui novamente depois de um período sem postar. Dessa vez vou apenas filosofar como eu fazia e tempos imemoriaveis, então, se não tem interece no que eu penso, vá em bora!

Continuando, vou lhes falar de um caracteristica minha: eu penso demais.

Acho que desde criança, eu sempre pensei demais, pensava à frente do meu tempo, das minhas responsabilidades, pensava além do que os professores esperavam. Isso sem duvida fez de mim um grande nerd, porém, fez outra coisa, ainda mais importante para definir minha pessoa. Pensar demais me fez um idealizador.

Imagina a cena: "Você conhece uma pessoa, com as poucas informações que a pessoa lhe dá, vc traça um perfil psicológico da pessoa, conseguindo acertar com grande precisão a forma de agir e pensar desta pessoa".

Bem, eu sou assim, pelo menos com 99% das pessoas. Eu meio que gosto disso, gosto de pensar sobre como pensam as pessoas, é meio que um trabalho de psicologo, mas mesmo assim, eu gosto, e acho cativante esse tipo de analise.

Isso pode ser muito útil em algumas situações, porém lhe deixa em grandes problemas em outras.

Por exemplo, imagine uma pessoa que "tenta te agradar". Por exemplo, você fala que curte certos tipos de musica, e ela tmb diz; diz q gosta de fazer tal coisas, e ela diz q tmb; comenta de uma situação inusitada da sua vida, e essa comenta uma muito semelhante.

Bem, se eu fizer essa análise que eu disse nos primeiros paragrafos do post, eu vou pensar que essa pessoa pensa de forma semelhante a minha, e ela pode ser um grande, grande mesmo, amigo.

Mas eu cometi um ledo engano. Essa pessoa estava tentando me agradar. Todo (ou boa parte) das coisas que ela disse deveriam ser desconsideradas na minha análise, além de que ela provavelmente ocultou os pontos mais importantes da análise, pois talvez se eu soubesse que ela gostava de coisas que eu odiava, provavelmente não conseguiria me agradar (o quê, a principio era a sua meta).

E isso ainda tem um efeito colateral para mim, pois eu sou uma pessoa fortemente ligado ao passado, talvez seja pela minha execelente memoria para coisas que aconteceram comigo, ou talvez seja outra coisa, mas o fato é que eu considero o passado sagrado, e um ponto da história que mecere ser recursivamente lembrado.

Em outras palavras, eu prefiro acretidar que o que a pessoa me disse no passado é a verdade, é o que esta acontecendo no momento, é apenas uma fase, que vai passar, e a pessoa vai voltar a ser exatamente oquê erra.

Mas não vai, o passado é falso.

Eu sei disso, melhor do que ninguém, mas é como se a minha parte inconsiente não admitisse isso, e eu sofro o mesmo choque sempre que descubro qualquer coisas sobre essa pessoa q contraste com a imagem que eu tinha feito dessa pessoa, msm sabendo que ela não é oq eu pensava.

Eu meio que me sinto enganado, iludido, poderia até dizer, decepcionado.

Eu sou um mestre em cometer esse tipo de engano. E isso provavelmente vai acabar com a minha vida um dia.

Mas até lá, bem, até lá, vamos continuar vivendo, fingindo que esta tudo bem, mesmo quando "bem" é de longe uma palavra adequada para descrever oque se sente.

Agora vou meio que mudar a argumentação do post, ainda faz parte do assunto principal que eu qro tratar, mas é outro argumento idependente do que eu tratei até agora.

Uma outra caracteristica minha, é tentar "camuflar" a minha personalidade quando estou com as pessoas (principalmente as que eu não conheço direito). Esse camuflar é meio como se eu me comportasse de forma a ser um objeto de uma sala criada pela pessoa, to apenas ali, como um enfeite, sem realmente fazer diferença.

É uma boa estratégia, principalmente quando vc não quer interferir.

Eu tenho o meu mundo, e as pessoas tem o mundo delas, quando eu falo com elas, oprimo o meu mundo e experimento leve dozes do mundo delas, por pior que isso possa ser algumas vezes.

Eu faço isso com quase todas as pessoas, em alguns casos, misturo o meu mundo com a da outra pessoa e junto fazemos um mundo unico, porém, isso é só com os amigos ou pessoas bem conhecidas.

Existia uma execessão nisso, um boa e gratificante exceção. Existia uma pessoa cujo mundo quando conversavamos era o meu próprio, me sentia num território familiar e agradável, porém, bem, acho que esta pessoa fez o mesmo comigo que eu fazia com as demais pessoas.

Essa pessoa se fez um vazo do meu mundo, e agora que estamos mais próximos, começo a perceber que o vazo quer redecorar completamente meu mundo. Em outras palavras, tenho medo de acabar eu me tornando um vazo de um mundo completamente diferente do que eu havia idealizado.

Gostaria de resolver isso. Mas não posso, gosto demais do vazo para deixar de coloca-lo em um lugar de destaque no meu mundo, mas esse vazo não se encaixar nele, bem, as coisas perdem o sentido.

Espero voltar a postar de verdade agora. Até.

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