sábado, novembro 25, 2006

 

Kaze no Tabibito

Kaze no Tabibito

Era uma vez uma árvore. Bela, majestosa com seu poderoso tranco que sustentava uma exuberância de galhos, todos eles verdes e repletos de folhas. As folhas mais pareciam uma massa uniforme verde que balançava ao vento e projetava sobra revigorante para qualquer um que porventura estivesse nas proximidades da árvore.

Era essa a vida de uma folha: projetar sobre e balançar ao vento. Não era preciso pensar, agir, tomar decisões. Apenas estavam presas aos galhos e iam e vinham num vai e vem infinito comandado pelo vento. Era uma vida feliz para a maioria das folhas, porém, não para todas.

Havia uma folha que, como todas as outras, passava seus dias a balançar e projetar sombra. Porém, esta folha não escolhera nascer folha, nem estar para sempre presa a uma mesma árvore, balançando e projetando sombra. Ela queria viajar, conhecer o mundo, visitar outros lugares, encontrar-se outros seres, ver todas as possibilidades que existiam longe de sua árvore de nascença.

Um dia o desejo desta folha se realizou. Um vento mais forte do que o normal bateu enquanto ela balança e projetava sombra. Então ela se desprendeu da árvore e se viu livre. Agora ela era uma folha livre ao vento, agora ela era o que sempre desejou ser. E então começou sua viagem mundo afora, levada pelo vento.

Brisas, ventarolas, ventanias, tempestades, tormentas, furacões. Muitos são os tipos de ventos que existem. A folha conheceu cada um deles em sua jornada, mas não fora só isso que ela conhecera. Visitou florestas, lagos, montanhas, sobrevôo-o cidades, passou por charcos, lugarejos, fazendas, vilas, viu até mesmo o mar.

Molhou-se na chuva, secou-se no sol, vira a mais bela das noites de lua cheia, testemunhara paises gélidas de inverno, vira o inferno provocado por uma butuca de cigarro. Visitou tantos, e tão diferentes lugares, que nem ela mesma sonhou que existissem.

Em belo dia de primavera a folha sobrevoava um esplendido jardim, tão belo como ela jamais vira em toda sua existência de folha livre ao vento. Ela queria poder permanecer lá, para poder conhecer cada uma das flores do jardim e admirar seus perfumes e cores magníficos. Porém, o vento soprava forte e a levou dali no mesmo instante que ela chegou.

Ela era uma folha livre ao vento, porém, continuava presa, não a sua árvore, mas sim ao próprio vento, a vontade do vento. Ela só ia onde o vento queria a levar, e só podia ficar lá o quanto ele permitisse-a a ficar. Outrora balançava e projetava sobra, essa era sua função, agora sobrevoava paisagens. Apenas mudara de função, mas continuava a não tomando suas próprias decisões. Essa era a sina de uma folha, seja ela presa a uma árvore ou livre ao vento.

Então, em um belo dia, um garoto apanhou a folha enquanto esta era soprada por uma leve brisa.

Ele ficou admirando a folha, pensando como devia ser bom ser uma folha, poder voar livre por ai, conhecer os mais improváveis lugares, dormir em cada dia em um lugar diferente, molhar-se na chuva, secar-se no sol. Viver cada dia como se fosse único. Talvez fosse isso que o garoto sempre tivesse desejado para ele, ser uma folha livre ao vento.

O vento soprou forte mais uma vez e, de forma milagrosa, o garoto percebeu a tristeza da folha, a tristeza de não poder decidir seu próprio destino. A tristeza de nunca pertencer a lugar nenhum, a tristeza de estar sob a vontade do vento para toda a eternidade. A tristeza de ser uma folha livre ao vento.

Tocado com as alegrias e tristeza de ser uma folha, o garoto a soltou e deixou que o vento continua-se a guiá-la. Impressionada com o fato de um simples ser humano ter notado a complexidade de ser uma folha livre ao vento, a folha quis ficar ali pra sempre, com aquele garoto que havia visto o fundo da sua alma de folha, porém, o vento não permitia...

Mas ela não iria aceitar a imposição do vento, não dessa vez, não quando descobrira o lugar ao qual pertencia. Brigou, lutou e, num esforço sobrenatural, conseguiu desvencilhar-se do vento e voltar para as mãos do garoto.

Agora ela não era mais um folha livre ao vento. E nunca mais voltaria a ser.

Comments:
voar *-*
 
Oi Caio !!! Só sei que você escreve demais ! risos Estou com muito sono,apenas por esse motivo que não li seu texto viu??! Abração! Se cuida garoto !!!
 
Nossa Sakura, vc realmente escreve bem O_O
Adorei a História!!!

Mas vou ser sincero, eu fiquei o tempo todo imaginando isso biológicamente! Acho que ela era envernizada pra sobreviver à tudo isso XDDDD

 
Yoo Caio! frmza!?

nossa! que estória impressionante!
curti^^... é rapaiz... às vezes a liberdade que você tem nem sempre é tão livre assim... às vezes a liberdade é sua própria prisão...

certa vez me senti assim, quando pensei estar livre de algo, na verdade continuava preso por outro...

é a vida!

Abraços,

 
caramba...q bonito sakura!!
adorei msm!!!

e...eu fiz a mesma coisa q o rômulo..!
aheuaehuaehaeuaehuaehuea

XD

bjooo!

ps: ah, tá tudo bem comigo...só um pouco chateada, mas essas coisas acontecem msm!!
brigada por perguntar!! ^^

 
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