segunda-feira, novembro 06, 2006

 

Achados e Perdidos


Eu sempre foi um visitante freqüêntes de lugares como estes. Não por esporte ou porque ache estes lugares agradáveis, mas sim, por necessidade. Desligado do jeito que eu sou, vivo perdendo as coisas aonde quer que eu vá. Dificil eu não deixar partes de mim pelo caminho se simplesmente paro para descançar ou mesmo comprar um mero e inofensivo sorvete.

Não sei se isso é porque passei a maior parte da minha vida dentro de uma sala de aula, ou se porque sempre estou com a cabeça cheia quando estou na escola, mas lá, certamente é o lugar onde eu mais perdi coisas minhas.

Incotáveis livros, cadernos, blusas de frio, canetas, lápis... E isso que eu nem falei dos guarda-chuvas ainda, já perdi a conta de quantas vezes esqueci (ou mesmo perdi) meu(s) guarda-chuvas na escola.

Ano passado por exemplo, eu cheguei a ter 3 guarda-chuvas meus no lugar em que eu fazia inglês. Eu ai até lá (sob chuva), deixava-o numa espécie de "porta guarda-chuva", tinha minha aula normalmente e, na hora de ir embora, como havia parado de chover, eu o deixava lá.



Três guardas-chucas esquecidos depois, minha mãe, minha vó e eu tinhamos ficado sem guarda-chuvas em casa e nos vimos obrigados a ir buscar todos os três. Foi uma cena no mínimo inusitada. Qualquer trassuente que passasse imaginaria que na minha escola de inglês também vendia-se guarda-chuvas. Afinal, um garoto, uma mulher e uma senhora de idade entraram lá sem nenhum e sairam com um guarda-chuva diferente cada.

Na UFSCar, o objeto que perco com mais freqüência é minha pasta amarela onde eu coloco todos os xerox dos livros e apostilas. Não tem uma prova que eu não esqueça esta bentida pasta abaixo da minha carteira. Nem é mais novidade quando reencontro algum dos meus amigos depois das provas me reentregando minha esquecida pasta.

Bem, esquecimentos aparte, acho que isso de certa forma faz parte da minha personalidade. Essa falta total de atenção a eventos comuns e corriqueiros, junta da minha capacidade de abstrair tanto as coisas que acabo esquecendo da realiadade - ou melhor, objetos. Mas, não é essa minha total falta de organização que eu quero enfatizar neste post. Quero mostrar como Achados e Perdidos são práticos.

Quando você da falta de algo e não sabe exatamente onde perdeu (o quê não é meu caso, pois basta eu perceber que perdi algo e tenho uma flash-back mostrando exatamente o local, hora e motivo de eu ter esquecido o tal objeto, isso se deve a minha larga experiêcia no ramo), se não existir um Achados e Perdidos, você vai ter que procurar por todos os lugares possíveis, e ainda corre o risco de alguém ter encontrado e estar te procurando para devolver (ou não).

Em suma, sem um Achados e Perdidos, as chances de reaver um objetivo perdido ou esquecido são bem próximas de zero.

A ideia que me proponho a defender neste post é a criação de um Achados e Perdidos de pessoas. Não to falando daqueles rostos de crianças em caixas de leites, falo de um lugar onde qualquer pessoa que se sinta meio perdida pode ir e esperar para ser achada, ou, caso você esteja procurando por alguém especial, basta ir até lá e ver se ele levou-se até lá.

Parece meio absurdo, eu sei, mas, quais são as chances de você esbarrar na rua com uma pessoa que - mesmo sem saber - você procurou por toda a sua vida ? Diria que é a mesmo que encontrar uma nota de R$ 100,00 numa praça movimentada. E, como não conheço ninguém com quem isso tenha acontecido - e é claro, não fosse uma pegadinha -, posso afirmar que as chances são bem baixas.



Criar esse Achados e Perdidos de pessoas, seria nada mais do que catalogar as pessoas que estam procurando por alguém e esperar para que achem o que elas buscam.

A primeira vista isso pode parecer uma agência de namoro, mas penso em algo mais profundo, mas útil. Estar perdido não implica - pelo menos pra mim - em estar sem namorada ou estar passado por um momento de carência afetiva, você pode apenas estar precisando de um ombro amigo, um professor de matemática, um pedréiro (pode parecer exagero, mas eu me senti perdido sem um cara pra trocar o gás de casa semanas atrás...) e por ai vai.

Páginas Amarelas você diria ? Seria algo parecido, mais um pouco menos profissional, mais informal, mais pessoal. Uma espécie de orkut, mas sem bugs, spams, fakes, fotos pornagráficas (bem, isso pode ser repensado dependendo dos usuários) e toda a porcariada que transformou o orkut no que ele é hoje.

A principal diferença entre meus Achados e Perdidos e o orkut, é que bastaria você dizer que tipo de pessoas você esta procurando e ele geraria relatórios periódicos com as pessoas prováveis. Não seria uma rede de relacionamento onde você busca a popularidade acima de tudo e sai adicionando pessoas sem nem mesmo pensar nas conseguências. Seria uma forma de encontrar o quê você - mesmo não tendo se dado conta - perdeu.

Não sei se vai funcionar bem. O problema das minha ideias é que eu sempre vejo o inicio e o fim, o meio - que é o mais importante -, sempre deixo para meus leitores imaginarem.

Reflitam sobre o que gostariam de encontrar. Eu, pessoalmente, acho que já encontrei ^^


Comments:
Yoo Caio! frmza!?
Aew ow! kraco! aHUAHuahuHAUhuaa!!1 é mesmo! lembro-me de que você sempre esquece a pasta amarela! XD~... Principalmente no semestre passado! Nos finais das aulas de Lógica! XD hUHAUhauHAUhauA!!! XDDDD~

então! sua idéia é formidável... Mas quem criaria um Achados e Perdidos assim? Queria que fosse assim: Chega eu lá e uma atendente me pergunta que tipo de pessoa procuro, eu digo e então plim! aparece!

pútyz! apesar de eu me considerar um lobo, preciso de uma namorada! Hahahahaha! eu sou um contradição mesmo xP~

Abraços,

 
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